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O crime não compensa

"... a perda de bens é uma instituição jurídica que assume uma longa tradição no nosso regime jurídico-penal. Trata-se de uma figura que ultimamente tem assumido uma relevância crescente no âmbito da repressão de determinadas formas graves de delinquência - especialmente económico-financeira, que podem revestir, como muitas vezes sucede, dimensão transfronteiriça. A sua importância poderia, neste âmbito, resumir-se numa singela expressão: "garantir que o crime não compensa".

(Rodrigues, Hélio Rigor; Rodrigues, Carlos Reis; 2013; Recuperação de Activos na Criminalidade Económico-Financeira; SMMP; Editorial Minerva; Lisboa, pág. 13)

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O perigo das «portas giratórias»

"Na América, e na maioria das outras democracias ocidentais, há uma preocupação com as «portas giratórias» − pessoas que saiem com demasiada rapidez das instituições públicas para instituições privadas bem remuneradas ligadas ao seu serviço público. A preocupação deve-se não só à possibilidade da porta giratória poder dar lugar a conflitos de interesses mas também à simples evidência da possibilidade desses conflitos de interesse minarem a confiança nas instituições públicas"

(Stiglitz, Joseph E. 2004. Globalização, A Grande Desilusão. 3ª ed. Lisboa: Terramar, pag, 317)

 

O princípio da incerteza

António João Maia, Jornal i

O quadro, já quase perdido, baseado na certeza da estabilidade emocional e económica, está a dar lugar a outro, mais baseado na incerteza

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A curta memória das finanças
"Consequentemente, o desastre financeiro é rapidamente esquecido. Logo, quando as mesmas circunstâncias, ou muito semelhantes, ocorrem novamente, por vezes, passados poucos anos, elas são saudadas por uma nova geração extremamente autoconfiante, muitas vezes jovem, como uma descoberta brilhantemente inovadora, do vasto mundo económico-financeiro. Há poucos campos da atividade humana em que a história conte tão pouco como no mundo das finanças. A experiência do passado, enquanto memória colectiva, é considerada o refúgio primitivo de quem não tem o discernimento para apreciar as incríveis maravilhas do presente."

(Galbraith, John Kenneth. 1990. A Short History of the Financial Euphoria. London: Penguin Books, pag.13.)