Basta o número de uma matrícula para se obter a morada de alguém (até do Presidente da República). “Quem tem más intenções pode aproveitar esta lacuna para fins pouco dignos”

Foi hoje publicada, pela CNN Portugal, uma notícia preocupante, relacionada com a proteção (ou a falta cuidada dela) de dados pessoais, nomeadamente de cidadãos em situação vulnerável, sob o título: “Basta o número de uma matrícula para se obter a morada de alguém (até do Presidente da República). "Quem tem más intenções pode aproveitar esta lacuna para fins pouco dignos"”, a qual pode ser lida aqui e a qual conta com a opinião de Rute Serra, membro da Direção do OBEGEF.


Não basta invocar o interesse público para justificar o tratamento de dados pessoais. No tratamento de dados pessoais (incluindo por entidades públicas), deve ser observado o princípio da proporcionalidade (considerando 4 do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD) da União Europeia (UE)) e o mesmo ser realizado de forma lícita, equitativa e transparente (considerando 39 do mesmo Regulamento).

Porque arde a França?

Jorge Fonseca de Almeida, Dinheiro Vivo

Os últimos dias e, principalmente, noites têm sido marcados por grandes manifestações dos franceses e imigrantes racializados, forte repressão policial, com uso de veículos blindados, drones e mais de uma centena de milhares de polícias armados, e de resistência violenta, no que é um típico levantamento popular.

As consequências ocultas da extinção da IGAL

Manuel Ferreira Ramos, Jornal i online

Com a IGAL tinha o Estado um corpo especializado de peritos de excelência e a certeza de que, em cada mandato, um município era alvo de uma visita inspetiva de carater técnico, jurídico, económico e financeiro

A economia não registada e o bivalve

Óscar Afonso, Expresso online

Ao contrário dos países do norte da Europa, em que a fuga aos impostos é vista muito negativamente pela sociedade, em Portugal celebramos aquele que consegue enganar mais o Estado – visto como vilão porque absorve uma boa parte dos nossos recursos e o faz ineficientemente –, mas, no fundo, o Estado somos todos nós, pelo que o resultado final é menos recursos para a saúde e educação, nomeadamente, o que penaliza sobretudo os mais pobres

Os tempos de uma justiça atempada

José Ferreira, OBEGEF

“… na criminalidade de colarinho branco, a estratégia principal dos advogados passa, quase sempre, por tentar evitar a eventual condenação do cliente tergiversando constantemente…