Crise criminável e criminogenética

Carlos Pimenta, Jornal i,

1. As crises, fases do ciclo económico, fazem parte do após Revolução Industrial (XVIII), espalhada à escala mundial durante o século seguinte. À medida que o capitalismo submetia os anteriores modos de produção e abrangia mais países as crises passaram a ser mais frequentes, mais amplas e tendencialmente periódicas. Sendo cada uma diferente das restantes, todas apresentam características comuns. Antecipada, numa aparente contradição, por um aumento das cotações na bolsa, revela-se na diminuição do investimento privado, na quebra da procura agregada, no aumento dos estoques e dificuldade de venda, na diminuição do emprego e na subocupação das máquinas e equipamentos. Esta situação altera a dinâmica social e política pela insegurança e revolta, pela subserviência e ruptura, pela leitura clara do encoberto.

Corrupção em Portugal versus Portugal “na corrupção”

Manuel Castelo Branco, Visão on line,

Desde que, em Novembro de 2012, foi tornado público o Índice de Perceção da Corrupção (IPC) de 2012, da Transparência Internacional, no qual Portugal se posicionou em 33.º lugar, entre 176 países, multiplicaram-se as notícias sobre o mau posicionamento do nosso país e sobre a evolução negativa ocorrida, não só da versão de 2011 do referido índice para a de 2012, mas também durante a última década, tendo sido esta última muitas vezes apodada de desastrosa.

Como estamos de (Corporate) Governance…

Nuno Moreira, Visão on line,

Ao analisar o estudo recentemente divulgado pela Católica Lisbon School of Business & Economics em parceria com a Associação de Empresas Emitentes de Valores Cotados em Mercado (AEM), podemos constatar em 2011, comparativamente com o ano anterior, uma evolução muito positiva no grau de acolhimento de boas práticas de governo societário em Portugal, testemunhando igualmente o elevado grau de acolhimento das recomendações de governo societário pelas sociedades cotadas nacionais.

O que é afinal a economia não registada?

Oscar Afonso, Jornal i,

Em todos os países do mundo existe uma parte da economia, a Economia Não Registada (Sombra ou Paralela), cuja actividade, reflectindo comportamentos marginais e desviantes, não é reflectida na contabilidade nacional, sendo o seu tamanho, causas e consequências variáveis de país para país. Nesta minha primeira crónica gostaria de discutir o respectivo conceito.

Oportunidades e Oportunismos

Mariana Costa, Visão on line,

Em 1937, no seu artigo The nature of the Firm (Economica, vol. 4, n. 16, 386ss), o economista Ronald Coase alertava para a essencialidade da celebração de contratos de longa duração na atividade empresarial.