Desagravamento fiscal, reforma do Estado e crescimento económico

Óscar Afonso, Expresso online

Faço notar que a reforma do Estado, no sentido de aumento da eficiência da despesa pública – incluindo nas transferências sociais – é um processo moroso, mas mesmo a curto prazo pode haver bons resultados. Uma análise recente do Dr. Marques Mendes (com base em dados da eSPap), no seu comentário semanal na SIC notícias, apontava para a existência de 645 entidades públicas, evidenciando um alto potencial de “emagrecimento” do Estado para uma estrutura mais leve e eficiente, com menos sobreposições

Corrupção no desporto

Jorge Fonseca de Almeida, OBEGEF

Portugal é um dos coorganizadores do Mundial de Futebol de 2030. A decisão é conhecida há quase um ano. Esse campeonato envolve somas avultadas de largas centenas de milhões de Euros. Contudo, os sucessivos governos nada fazem para assegurar que a fraude e a corrupção não se verifiquem. O novo governo está há pouco tempo em funções. Ainda vai a tempo de replicar as boas práticas que se encontram por esse mundo fora.

Desindustrialização portuguesa desde o início da guerra na Ucrânia

Óscar Afonso, Dinheiro Vivo

Passados mais de dois anos desde o início de guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, vários dados apontam para uma perda acrescida de importância do setor industrial nacional, precisamente o oposto do intuito de acompanhar a preconizada reindustrialização europeia – uma visão que ganhou força na lógica de autonomia estratégica europeia da retoma pós-covid –, também ela uma miragem, embora a dinâmica para o conjunto da União Europeia (UE 27) seja menos desfavorável do que a de Portugal.

Da éticas, do ius e da justiça: entre aparências e essências

Ricardo Rodrigues, Polis

O desafio é, sem dúvida, a construção de uma sociedade organizada, estável e justa. A tarefa política é tentar conciliar as exigências pessoais e individuais com as exigências da coletividade (da sociedade civil), no sentido de assegurar as melhores condições (de justiça) para todos”

A importância de uma abordagem sistémica no combate à fraude nos fundos europeus: vale mesmo a pena termos uma “Procuradoria Europeia”?

Mário Tavares da Silva, Expresso online

Nesta espécie de “toolbox criminal” ou de sofisticada “boutique da fraude” encontramos os mesmos peritos, os mesmos contabilistas e outros facilitadores profissionais que disponibilizam os seus “competentes” serviços a todos os sujeitos envolvidos no processo criminoso, sendo que a organização e decisão de tudo e de todos os passos ocorre a um nível superior, em regra por indivíduos que agem na sombra e sem qualquer ligação identificável com a específica situação de fraude detetada