Sinais da “criatividade” (fraude) na restauração?

José António Moreira, Jornal i,

No início do corrente ano o Governo aumentou a taxa de IVA do setor da restauração, de 13% para 23%. O teor da discussão em torno das consequências desta medida é, sem exceção, de natureza catastrofista: ocorrência de dezenas de milhares de desempregados, o fecho de milhares de estabelecimentos, um impacto negativo para o turismo, entre outras.

Expectativas defraudadas

João Gomes, Visão on line,

A fraude, como qualquer acto criminoso, requer punição. Isto deve-se ao simples facto de que aplicar uma sanção serve não só para punir o prevaricador, mas também para desencorajar a prática. É, aliás, socialmente expectável que quem se desvie da norma comportamental da sociedade seja punido, já que alguns comportamentos ameaçam a estabilidade do grupo social. A prática de fraude é disto exemplo, já que ameaça o correcto e equitativo funcionamento da sociedade democrática.

A maldição offshore

João Pedro Martins, Jornal i,

A nível global há 32 biliões de dólares estacionados em paraísos fiscais. Este montante, que é equivalente a toda a riqueza a criar em Portugal nos próximos 135 anos, mina o comércio internacional e cria uma bola de neve de batota fiscal com consequências danosas para a economia mundial.

Os políticos… Ou nós?

Rui Henrique Alves, Visão on line,

Há dias, tinha eu no carro um exemplar do mais recente número da Revista Galega de Economia, onde, conforme referi em crónica anterior, tinha publicado um artigo com um colega da Faculdade de Economia do Porto, quando a minha filha, de 9 anos, a descobriu e percebeu que o pai tinha lá publicado alguma coisa. Leu o título (em galego): “O extraño caso do ataque á eurozona: de quen é a culpa?”. E perguntou: “Papá, quem são os culpados?”. Respondi, sorrindo: “O que achas”. Confesso que não esperava a resposta... Pois esta veio assim: “Terá sido dos políticos?”.

Fraude, a hidra

Carlos Pimenta, Jornal i,

1. A fraude é uma hidra, que em vez de encontrar um Hércules capaz de degolar as suas sete cabeças, pavoneia-se entre os humanos, reproduzindo-se no consumismo, numa existência utilitarista alicerçada na convicção que até os valores mais sagrados do humanismo são transacionáveis, no turbilhão dos negócios, num enfraquecimento da honra e da coesão das relações sociais, na degenerescência ética.