Fraude contabilística em tempos de crise

José António Moreira, Jornal i,

O comportamento das empresas, tal como o das pessoas, é determinado por forças, incentivos. No domínio da fraude contabilística, por exemplo, tradicionalmente a pressão da fiscalidade levava aquelas, em particular as de pequena e média dimensão, a procurarem “esconder” do Estado parte dos seus resultados.

Fraude, pseudónimos e pifos: Mulas e o ‘re/(a)fundar o Estado’

Aurora Teixeira, Visão on line,

Carlos Mulas e Glória Araújo são os nomes que se tem falado ultimamente. Pelas atropelias várias que cometeram, cada um justificaria por si só um artigo. Mas como estamos em austeridade, decidi poupar nas palavras e cá vai: ‘dois em um’, ou dito de outro modo, e fazendo jus ao sobrenome do primeiro e à idiotice da segunda, apresento-vos um artigo híbrido, abreviadamente designado de “Mulas”.

Crise criminável e criminogenética

Carlos Pimenta, Jornal i,

1. As crises, fases do ciclo económico, fazem parte do após Revolução Industrial (XVIII), espalhada à escala mundial durante o século seguinte. À medida que o capitalismo submetia os anteriores modos de produção e abrangia mais países as crises passaram a ser mais frequentes, mais amplas e tendencialmente periódicas. Sendo cada uma diferente das restantes, todas apresentam características comuns. Antecipada, numa aparente contradição, por um aumento das cotações na bolsa, revela-se na diminuição do investimento privado, na quebra da procura agregada, no aumento dos estoques e dificuldade de venda, na diminuição do emprego e na subocupação das máquinas e equipamentos. Esta situação altera a dinâmica social e política pela insegurança e revolta, pela subserviência e ruptura, pela leitura clara do encoberto.

Corrupção em Portugal versus Portugal “na corrupção”

Manuel Castelo Branco, Visão on line,

Desde que, em Novembro de 2012, foi tornado público o Índice de Perceção da Corrupção (IPC) de 2012, da Transparência Internacional, no qual Portugal se posicionou em 33.º lugar, entre 176 países, multiplicaram-se as notícias sobre o mau posicionamento do nosso país e sobre a evolução negativa ocorrida, não só da versão de 2011 do referido índice para a de 2012, mas também durante a última década, tendo sido esta última muitas vezes apodada de desastrosa.

Como estamos de (Corporate) Governance…

Nuno Moreira, Visão on line,

Ao analisar o estudo recentemente divulgado pela Católica Lisbon School of Business & Economics em parceria com a Associação de Empresas Emitentes de Valores Cotados em Mercado (AEM), podemos constatar em 2011, comparativamente com o ano anterior, uma evolução muito positiva no grau de acolhimento de boas práticas de governo societário em Portugal, testemunhando igualmente o elevado grau de acolhimento das recomendações de governo societário pelas sociedades cotadas nacionais.