Orlando Mascarenhas, Vida Económica (10/07/2015),
Um vasto leque de acontecimentos, cujo destaque é bem patente e vivido no nosso quotidiano, ocorridos na Europa e E.U.A. durante os últimos 10 anos, permitem que tenhamos consciência dos danos que o crime económico e financeiro pode causar, ameaçando seriamente a credibilidade das empresas e instituições, como também favorecendo falências e perda de postos de trabalho.
A criminalidade económico-financeira é global, afeta todos os cidadãos, particularmente os mais vulneráveis nos tecidos sociais, e não é apenas devastadora para as vítimas diretas, pois também atinge de forma implacável os seus familiares e amigos. A sociedade, na sua globalidade, diminui e perde a eficiência dos serviços prestados no setor público e os investidores podem perder a confiança nos mecanismos lucrativos do mercado.Numa forma mais simplista, entende-se como criminalidade económico-financeira toda a forma de crime não-violento, que possui como consequência uma perda financeira. Engloba uma vasta gama de atividades ilegais, destacando-se a fraude e evasão fiscal, a corrupção e o branqueamento de capitais.