Corrupção estratégica – recentrar a agenda anticorrupção

Rute Serra, Expresso online

Reduzir a problemática da corrupção à “obtenção de ganho privado através de abuso de poder confiado”, ignorando o seu caráter transnacional e geoestratégico, considerando o seu impacto negativo na segurança dos direitos humanos e dos próprios Estados, é equivalente a assobiar para o lado ou fazer check num problema a subir constantemente nos rankings da perceção da corrupção, não a encará-lo de modo sério

Portas giratórias: e afinal, haverá ou não saída?

Mário Tavares da Silva, Expresso online

Seria, pois, interessante e avisado, em nosso entender, sobretudo nesta primeira fase, e no plano de uma atuação de natureza exclusivamente preventiva ou, se se preferir, no quadro de uma designada “supervisão preventiva” (e não na base de uma atuação de natureza sancionatória) relativa a medidas legislativas recentes, de caráter inovador e especificamente orientadas para uma determinada finalidade que pudesse uma entidade como o MENAC, tomando por base as obrigações decorrentes do RGPC, identificar concretamente áreas de risco exclusivamente centradas nestas recentes e mais sensíveis medidas legislativas

Bitaites programáticos sobre combate a corrupção

Pedro Moura, Expresso online

Em quase todos os programas dos partidos a tónica dominante é a de atribuir ao Estado (através de medidas legislativas e processuais) o foco e a responsabilidade quase total do combate à corrupção, o que é, para mim, significativo do paradigma fundamental de ‘Estado-Paizinho-Paizão’ em que assenta a nossa realidade sócio-política

Dívida pública armadilhada

José António Moreira, Expresso online

A criatividade nas contas públicas portuguesas foi levada a um nível superior nos anos mais recentes, em termos de persistência e sofisticação. A tal ponto que, olhando para os valores do défice e da dívida, faz sentido pensar se não se está perante castelos de cartas que uma qualquer suave brisa poderá fazer desmoronar