Do Euro 2004 ao Mundial 2030: lições de investimento público

Óscar Afonso, Expresso online

De facto, passados 20 anos, Portugal volta a conseguir a organização de um grande evento de futebol e até de projeção superior, por se tratar de um Mundial, a ocorrer em 2030. A grande diferença é que, desta vez, o esforço de investimento público será residual, pelo facto de a organização ser feita com mais dois países (Espanha e Marrocos). Trata-se, assim, de um modelo muito mais equilibrado e racional, à partida com maior rentabilidade económica e social, a prazo, do que o Euro 2024

Controlar, combater e prevenir a corrupção em Portugal – o que nos trará 2025?

António Maia, Expresso online

A corrupção é reconhecidamente um problema que corrói a confiança sobre as instituições e sobre a própria democracia, desvirtuando-a, que desvia os recursos públicos de todos em benefício de determinados interesses particulares, que gera e acentua desigualdades económicas e sociais, que distorce o funcionamento regular dos mercados, da concorrência e da economia no seu todo. Uma sociedade com elevados índices de corrupção é uma sociedade pobre e doente, com baixos índices de desenvolvimento e coesão social

Imigração, segurança social e miopia temporal

José António Moreira, Expresso online

Não está em causa a real importância dos imigrantes para o país. Está em causa, sim, a necessidade de definir uma política de imigração que regule o fluxo de entrada de acordo com a capacidade do país para os acolher e integrar

Flexibilização da contratação pública no PRR: desburocratização ou perigo para a integridade?

Rute Serra, Expresso online

As recusas de visto pelo Tribunal de Contas – algo que tem sido comum – revelam, por si só, as vulnerabilidades de Portugal no que toca à prevenção de irregularidades. Motivos como contratações diretas sem justificação, ausência de concorrência, falta de documentação, superfaturamento e falhas na definição de objetivos contratuais apontam para práticas que, quando não fiscalizadas previamente, podem facilmente escalar para esquemas fraudulentos ou má gestão dos recursos públicos

Combate à corrupção: a ilusão dos falsos moralistas

Mário Tavares da Silva, Expresso online

Um primeiro elemento de reflexão a registar e a evidenciar a deficiente compreensão sobre as questões da legalidade versus ética é a percentagem expressiva dos “virtuosos” (27%), que consideram que a corrupção é, acima de tudo, uma conduta eticamente censurável, indo para lá do recorte legal do próprio conceito de corrupção, o que é suscetível, em nosso entender, de introduzir sobressaltos e dificuldades na forma de percecionar o que está num plano (ético) e o que está noutro (legal), pois, como todos bem sabemos, nem tudo o que é eticamente censurável se subsumirá ao conceito legal de corrupção. Ao invés, e esta é a grande diferença de planos, atos e comportamentos de natureza corruptiva serão sempre merecedores de um juízo de censura no plano dos valores éticos e da integridade