Um sonho

João Pedro Martins, Jornal i,

Quando as doze badaladas assinalaram mais uma passagem de ano, milhões de pessoas em todo o mundo acreditaram que o novo ano seria melhor do que o anterior. Mas no dia seguinte, depois de acordar e regressar à normalidade, poucos se lembraram das promessas não cumpridas para mudar comportamentos sociais.

Tempos de incerteza

António João Maia, Jornal i,

O enquadramento político e económico que o mundo tem vivido nos últimos anos, sobretudo na Europa e em particular nos países do sul, é de profunda crise.
Dizem-nos agora que, erradamente, andámos a viver acima das nossas posses. Que gastámos o que tínhamos – o que produzíamos – e o que não tínhamos – o crédito que nos foi sendo concedido – e por essa via incrementámos o défice e hipotecámos o futuro.

Sinais da “criatividade” (fraude) na restauração?

José António Moreira, Jornal i,

No início do corrente ano o Governo aumentou a taxa de IVA do setor da restauração, de 13% para 23%. O teor da discussão em torno das consequências desta medida é, sem exceção, de natureza catastrofista: ocorrência de dezenas de milhares de desempregados, o fecho de milhares de estabelecimentos, um impacto negativo para o turismo, entre outras.

A maldição offshore

João Pedro Martins, Jornal i,

A nível global há 32 biliões de dólares estacionados em paraísos fiscais. Este montante, que é equivalente a toda a riqueza a criar em Portugal nos próximos 135 anos, mina o comércio internacional e cria uma bola de neve de batota fiscal com consequências danosas para a economia mundial.

Fraude, a hidra

Carlos Pimenta, Jornal i,

1. A fraude é uma hidra, que em vez de encontrar um Hércules capaz de degolar as suas sete cabeças, pavoneia-se entre os humanos, reproduzindo-se no consumismo, numa existência utilitarista alicerçada na convicção que até os valores mais sagrados do humanismo são transacionáveis, no turbilhão dos negócios, num enfraquecimento da honra e da coesão das relações sociais, na degenerescência ética.