Dignos, mas pobres

António João Maia, Visão on line,

Há dias um amigo meu que exerce funções profissionais num serviço público, dizia-me, com grande indignação, que no contexto de uma reunião de trabalho que tinha acabado do ter com o responsável máximo pelo seu serviço, aquele assumira, com toda a naturalidade e convicção, que, por uma questão da dignidade da função, considerava normal e aceitável que o diretor de uma qualquer instituição pública procedesse, a cada três anos, à aquisição de mobiliário novo para o seu gabinete e de um automóvel de serviço para o exercício da sua função profissional.

Direitos, Acções Executivas e Folhas de Papel

Mariana Costa, Visão on line,

Numa aula de Filosofia do Direito, na faculdade, o Professor perguntou uma vez aos alunos se preferiam ter direito a um Ferrari, ou um Ferrari, sem ter direito a ele.
Sou fã confessa de direitos; aliás, gosto tanto deles que dedico a minha carreira profissional a estudar como os direitos se adquirem, se transmitem e − tema de elevadíssima actualidade − se extinguem. Por isso mesmo, imaginei-me logo a entrar no stand de automóveis, orgulhosa portadora do meu direito ao Ferrari.

Errata

Paulo Vasconcelos, Visão on line,

A famosa expressão de Obelix, criado e celebrizado por Albert Uderzo e René Goscinny, “Ils sont fous ces romains”, poderia ser adaptada, inabalavelmente à nossa realidade por uma expressão do Zé Povinho, desenvolvido e notabilizado por Rafael Bordalo Pinheiro, “Estes portugueses são loucos!”

Políticos, mentiras e fraude

Aurora Teixeira, Visão on line,

The problem with political jokes is they get elected. (Henry Cate, VII)
Políticos e fraldas devem ser trocados de tempos em tempos pelo mesmo motivo. (Eça de Queirós)
É o comer que faz a fome. (Eça de Queirós)

Alô, é da Suíça?

José António Moreira, Visão on line,

Por mais que as autoridades nacionais e europeias façam declarações assegurando que os denominados “países do Euro” irão continuar ligados pela moeda única independentemente do que vier a acontecer à Grécia e restantes países em dificuldades orçamentais, o facto é que em Portugal nem todos os agentes económicos parecem acreditar em tal. Com efeito, são cada vez mais evidentes os sinais de fuga de capitais do país rumo a paragens supostamente mais seguras, provenientes sobretudo das designadas “grandes fortunas”.