Offshores: as pegadas invisíveis da corrupção

João Pedro Martins, Le Monde Diplomatique,

 Publicado no jornal de Abril 2017 (Nº 126).

O caso recentemente divulgado das transferências para offshores, feitas a partir de Portugal, num valor próximo dos 10 mil milhões de euros, trouxeram para a discussão pública a possibilidade de estas operações lesarem o Estado em receitas fiscais. Mas, como mostra esta investigação do economista João Pedro Martins, mais do que eventuais perdas fiscais directas, o que está em causa é o sistema construído para garantir a opacidade de operações financeiras cujos custos acabam por ser suportados por todos os contribuintes, como aconteceu com o universo do Banco Espírito de Santo. As zonas francas facilitam essa opacidade. E os montantes envolvidos fazem os 10 mil milhões de euros parecer migalhas.

 

Foi vítima de fraude? Denuncie!

Raquel Brito, Visão online,

 

É essencial dar voz a estas vítimas, pelos mais diversos motivos, mas, fundamentalmente porque são importantes na investigação e estudo deste tipo de delito.

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Corrupção e desigualdade económica e social

Manuel Carlos Nogueira, Público

 

A corrupção serve apenas os interesses de uns poucos, fomentando abismos entre os cidadãos. A corrupção mostra um elevado grau de indiferença humana, fomenta a exclusão social, a opressão e a exploração do ser humano. Quando a corrupção se torna parte do sistema, provoca ainda a desigualdade no acesso a recursos, que deveriam estar à disposição daqueles que por via do mérito os merecem, mas são desviados para uns poucos que se especializaram em corrupção, ou seja, torna-se um importante obstáculo ao desenvolvimento económico e social através de diferentes formas.