Filipe Pontes, Jornal i

Temos dificuldade cada vez mais em distinguir a credibilidade dos órgãos de comunicação social e temos um problema para resolver: quem regula, quem supervisiona que garante ao leitor a qualidade e credibilidade do que lê?

O acesso à informação está hoje totalmente democratizado não tendo hoje quaisquer obstáculos de custos, nem de plataformas, não está acessível apenas a uma elite nem tem hora marcada… o mundo mudou e o acesso à informação também!

Temos acesso à informação na ponta dos dedos, podendo aceder genericamente de forma gratuita, este é aliás um desafio que os variados operadores de comunicação social ainda não resolveram, e a qualquer hora… Neste mercado onde os operadores “tradicionais” se tentam adaptar às redes socias e à necessidade de uma presença “omnichannel”, à importância da imagem, à eficácia do vídeo, ao sensacionalista e ao imediatismo somos diariamente vítimas de “fakenews”, somos todos os dias e a toda a hora.

O imediatismo leva muitas vezes ao erro, à precipitação e no mundo atual somos cada mais inundados por notícias falsas e aqui temos de distinguir as que resultam desta precipitação e na urgência de atualização constante dos leitores daquelas que são “plantadas” por órgãos, forças ocultas que pretendem induzir o leitor numa determinada opinião, num determinado sentido influenciando posições e extremando até comportamentos.

São rumores, são notícias que criam confusão, com ambiguidades, sensacionalismo, superficialidade, agressividade e falsidades… sim perdemos demasiado tempo a ler essas notícias, temos dificuldade cada vez mais em distinguir a credibilidade dos órgãos de comunicação social e temos um problema para resolver: quem regula, quem supervisiona que garante ao leitor a qualidade e credibilidade do que lê?

Existem dificuldades em controlar o “monstro” descontrolado que se criou, a este propósito Mark Zuckerberg, um dos fundadores do Facebook assumiu recentemente erros na gestão dos níveis de segurança e assumiu responsabilidades afirmando: “Não há garantia nenhuma de que vamos fazer isto (resolver os problemas da rede social) da maneira certa, mas posso garantir que se não nos focarmos nisto, o mundo não se vai dirigir nesse direção” .

Esta mensagem de comprometimento e responsabilidade deve-nos perpassar a toda a sociedade na certeza de que só assim poderemos fazer parte da solução deste problema.