Crescimento sem melhorias de produtividade

Óscar Afonso, Jornal de Notícias

 

É comum ouvir políticos e “especialistas” defender o desempenho “notável” da economia portuguesa. Mas será assim tão “notável”? Há imensas razões para duvidar e, nesta crónica, saliento apenas duas: a ausência de convergência e de melhorias de produtividade.

A borboleta e a corrupção

Manuel Carlos Noguiera, Jornal de Notícias

 

De acordo com os defensores da Teoria do Caos, o simples bater de asas de uma borboleta pode criar uma tempestade do outro lado do mundo.  Uma movimentação minúscula de ar num ponto da terra, e devidamente ampliada desencadeia uma tempestade nos seus antípodas.

Vestuário e calçado: nova crise eminente?

Óscar Afonso, Jornal de Notícias

 

Desde há alguns meses, em particular no pós-verão, muitas empresas dos sectores industriais intensivos em trabalho do vestuário e do calçado, localizadas maioritariamente nos concelhos de Felgueiras, S. João da Madeira, Santo Tirso, Trofa e Vizela, enfrentam uma quebra muito acentuada de encomendas – sabe-se informalmente da deslocalização para países de mão-de-obra barata do leste europeu e norte de África.

Mudar o paradigma na abordagem da corrupção

Manuel Carlos Nogueira, Jornal de Notícias

 

É amplamente reconhecido que a corrupção afeta negativamente a maioria dos indicadores macroeconómicos de um país a longo prazo, nomeadamente ao nível do crescimento económico e de taxa de investimento, quer nacional, quer estrangeira. Até à década de oitenta do século passado, a corrupção era apenas considerada como o uso de bens, serviços e de informações privilegiadas do setor público para ganhos privados.

Corrupção e crescimento económico: curto, médio e longo prazo

Óscar Afonso, Jornal de Notícias

 

Os economistas têm apresentado vários canais por via dos quais a corrupção pode prejudicar o crescimento económico. A corrupção aumenta o custo do investimento, penalizando a confiança e distorcendo a concorrência, permitindo que empresas desonestas evitem uma série de regulamentações governamentais e artificialmente melhorem a sua eficiência. Dificulta, pois, a correta afetação dos recursos, gerando inevitavelmente perdas de bem-estar social. Além disso, reduz a eficiência do gasto público e, portanto, mina a sustentabilidade fiscal, bem como a capacidade do governo para fornecer bens públicos. No entanto, a nível macroeconómico a relação entre corrupção e crescimento tem sido difícil de demonstrar.