O raio dos mercados

Carlos Pimenta, Visão on line,

1. É preciso agradar aos mercados! É das frases mais vendidas, embrulhadas em papel de rebuçados. Soa bem, e parece doce.
Se são os mercados que emprestam dinheiro aos Estados, se eles estão a usufruir de uma taxa de juro elevada, se se diz que aquela mede o risco do empréstimo, se os mercados foram obrigados a ter esta nobre função de permitir que todos nós vivamos -- e até possamos alimentar-nos e fazer sexo porque dessa forma organizaram o capitalismo altamente financiarizado e altamente desregulado pelos próprios Estados -- porque não sermos bonzinhos e mostrarmos que somos bem comportados?

Coitadinho do doente

Luís Torgo, Visão on line,

É sobejamente conhecida a vertigem legisladora das nossas autoridades. Descobriu-se um problema na sociedade com um potencial de atração para a fraude? Solução: cobrir a "área" com uma boa dezena de regulamentações, novas leis, novas exigências burocráticas, e por aí fora. Fiscalização da aplicação das mesmas? Bom, depois vê-se... Resultado? Bom, é esse o tópico deste pequeno texto, mas se estão com pressa posso resumi-lo numa palavra: asfixia.

Nós simplesmente não fazemos

Henrique Santos, Visão on line,

Que mania temos de dizer que a culpa é dos outros. Não raras vezes somos bem capazes de dizer: “são todos iguais…”, “estes gatunos, que nos andam a roubar,…”, “é sempre a mesma coisa…” e por aí adiante.
Mas nós somos aqueles que, sem qualquer problema ou peso na consciência, ficam bem sentados no sofá, a criticar, a opinar, a falar mal. Mas do que de nós depender nada muda, nada acontece.

A vida na palma da mão

Edgar Pimenta, Visão on line,

Há alguns anos trás, quem de nós não tinha uma agenda onde guardava os números de telefone dos amigos, familiares, etc…? Era a nossa agenda!
Com o tempo, com a evolução tecnológica, e o consequente aparecimento dos telemóveis, por um lado aumentou o número de informações a guardar, mas por outro aumentou a facilidade de as ter sempre á mão, guardando-as no telemóvel.