A Fraude

Jorge Almeida, Jornal i online

Diversas organizações da União Europeia e outros organismos internacionais têm vindo a chamar à atenção dos governantes para casos recorrentes de abusos da força

Alice no País da maravilhosa “BESlândia”

António Dias, OBEGEF

E Alice, … sendo eu um cidadão atento aos casos de corrupção ocorridos no passado recente em Portugal, estou muito preocupado com o futuro.

Num momento em que se pretende executar a “bazuca europeia”, investir muitos milhões na construção de um novo aeroporto e na rede ferroviária, lançar novas parcerias público-privadas e vender a TAP, parece-me que estão reunidas condições favoráveis a novos casos de corrupção. 

Estará a supervisão mais atenta e interventiva. Serão os contratos devidamente escrutinados? Haverá auditorias de acompanhamento, ou só será investigada a legalidade dos procedimentos quando for tarde de mais? Será a investigação mais efetiva e ágil? Será a obtenção de vantagens pessoais indevidas adequadamente sancionada?

Será que se aprendeu alguma coisa, ou vamos continuar com o ambiente permissivo da BESlândia?.

Combate à corrupção: a ilusão dos falsos moralistas

Mário Tavares da Silva, Expresso online

Um primeiro elemento de reflexão a registar e a evidenciar a deficiente compreensão sobre as questões da legalidade versus ética é a percentagem expressiva dos “virtuosos” (27%), que consideram que a corrupção é, acima de tudo, uma conduta eticamente censurável, indo para lá do recorte legal do próprio conceito de corrupção, o que é suscetível, em nosso entender, de introduzir sobressaltos e dificuldades na forma de percecionar o que está num plano (ético) e o que está noutro (legal), pois, como todos bem sabemos, nem tudo o que é eticamente censurável se subsumirá ao conceito legal de corrupção. Ao invés, e esta é a grande diferença de planos, atos e comportamentos de natureza corruptiva serão sempre merecedores de um juízo de censura no plano dos valores éticos e da integridade