António Calado, OBEGEF
Será o dinheiro que mexe?
O caminho faz-se incerto
Seja qual for o prospeto
Ninguém o cumpre completo
Nada vale o projeto.
Abandona-se incerto
É sempre assim a porfia
Inexiste magia
Ninguém o faz correto.
Falta a hombridade que compete
Ausência da vertical verticalidade
Será o dinheiro que mexe?
Ignore-se essa necessidade!
Para todos se projeta
A ninguém aproveita
O coletivo vegeta
Um só indivíduo aproveita.
Nada fica bem
Mantém-se o inverso mal
Em troca de qualquer vintém
Nesta tradição habitual.
Inverte-se a fórmula ideal
Todos por cada qual,
E só um come o geral,
Assim vai a fraude em Portugal.