Pedro Moura, Expresso online (101 09/12/2020)

 

 

Apresento aqui as minhas desculpas a todas as entidades e personalidades do mundo empresarial e político que possam ter sido mencionadas nos meus artigos anteriores sobre fraude e corrupção.

Não foi de todo minha intenção associá-los a condutas negligentes ou criminosas, muito menos passar a impressão que colocam os seus interesses pessoais, empresariais e/ou políticos sobre os interesses da sociedade, bem como de toda e qualquer noção de decência básica. Qualquer perceção transparecida das minhas palavras que possa haver sugerido serem os visados dotados de personalidades mesquinhas e interesseiras, de um total desrespeito por lei, ética, ou respeito pelos outros, vivendo e agindo numa sensação de total indiferença e impunidade a roçar a sociopatia, é uma mera e infeliz coincidência. Naturalmente, a improvável, mas possível dedução de que estas pessoas se comportam como um bando de mafiosos psicopatas que abusam dos seus poderes para ganho próprio e se coordenam exemplarmente em redes de influência, nepotismo funcional, conluio e troca de favores para maximizarem mais e mais o seu poder de apropriação indevida do erário público e privado, a partir do que escrevi, é totalmente não intencional e deve ser evitada pelo leitor a todo o custo. Finalmente, deve também o leitor evitar a assunção, a partir dos meus textos, de que os acima citados tudo fazem para ocultar do público as suas eventuais manobras fraudulentas através de esquemas dignos de um óscar para melhor argumento, ‘gerindo’ a comunicação social, ‘encanzinando’ tribunais e processos, e usando toda a sua ‘rede’ para gerir os danos. Peço desculpa aos visados se alguma destas impressões possa ter inadvertidamente ficado nas mentes dos meus leitores.