Filipe Pontes, Jornal i

Como poderemos esperar um mundo diferente se muitas vezes não contribuímos na nossa proporção para que tal ocorra?

Analisar o ano que está quase a terminar, preparar e projetar o novo ano que se avizinha é o que quase todos fazemos quando chegamos ao final do ano. Até aqui nada de novo, mas o que muda quando nada muda? Muda o ano, como muda a hora, o dia ou o mês…nada mais.

Em geral temos a tendência para esperar mudanças sem nada contribuir para que elas ocorram. Como poderemos esperar um mundo diferente se muitas vezes não contribuímos na nossa proporção para que tal ocorra? Não se trata de um julgamento do outro, mas individual do nosso papel, do nosso contributo.

Poderemos ter mais preocupações, novas ameaças, novos desafios, mas temos de ter uma base estruturante que sirva de referencial para a nossa vida. Distinguir o bem do mal, os sentimentos de partilha e a entreajuda numa sociedade global poderão ser bons princípios estruturantes para que esse caminho comece a ser percorrido.

Poderá ser um princípio, mas atenção não se trata de fazer por fazer, mas para continuar a fazer para toda a vida.

Os votos que deixo são pois o de prepararmos o novo ano com exigência, ética e esperança num novo ano.

Vamos todos abraçar esta esperança?