Jorge Fonseca de Almeida, Jornal de Negócios
Quando vemos uma conhecida empresa americana a abandonar o nosso, e outros países europeus, simultaneamente saudamos a entrada de um concorrente direto chinês. Apesar dos acontecimentos não estarem diretamente ligados entre si, não deixam de ser significativos sinais dos tempos.
Esta decisão encontra a sua justificação na regulamentação da União Europeia que incentiva a concorrência entre emissores de cartões e entre empresas de aquisição de transações.
Em contrapartida os cartões UnionPay, os cartões chineses hoje já aceites em 176 países, fizeram um acordo com o Millennium bcp que transformará este banco português na primeira instituição a emitir cartões desta marca na Europa.
Assim quando vemos uma conhecida empresa americana a abandonar o nosso, e outros países europeus, simultaneamente saudamos a entrada de um concorrente direto chinês. Apesar dos acontecimentos não estarem diretamente ligados entre si, não deixam de ser significativos sinais dos tempos.
Para o consumidor a escolha vai aumentar.
Uma economia que pretende proteger-se, fechando-se, e outra que ambiciona crescer, diversificando-se e internacionalizando-se. Estratégias diferentes. Ambas legitimas. O futuro dirá sobre a bondade de cada uma delas.
A competição económica global entre os Estados Unidos e a China estende-se hoje a um vasto leque de bens e serviços. A China um país pobre e agrícola em 1949, industrializou-se muito rapidamente e está agora também em força no setor dos serviços, incluindo os serviços financeiros.
Um bom exemplo de como um país, seguindo uma política patriótica, pode crescer, modernizar-se, eliminar a pobreza, e, pacificamente e sem bases militares externas, tornar-se um competidor global em poucas décadas. Um exemplo que Governo, partidos, empresas, poderiam com vantagem estudar, divulgar e adaptar à nossa realidade.
Economista