Filipe Pontes, Jornal i online

A consciência ética e a busca de novos padrões de valores de referência para uma sociedade que parece em alguns aspetos algo perdida deverão ser sempre consideradas

Ano Novo, novas oportunidades e novos objetivos este pensamento todos os anos repetido renova em cada ano a esperança, na certeza de que todos os anos alguns objetivos ficam por cumprir.

Abdiquemos então do acessório e concentremo-nos no essencial do ponto de vista pessoal a tangibilidade do sucesso quantifica-se muitas vezes pela aquisição de bens materiais e/ou pelo atingir de determinados objetivos de cariz profissional que constituem a ultrapassagem de barreiras e a obtenção de reconhecimentos profissionais aguardados há muito e infelizmente menos vezes atingidos. Existem felizmente muitos que valorizam as questões familiares e/ou relacionadas com a educação que atingem um espetro alargado das pessoas que se encontram em idade adulta e que constituem um importante contributo para o garante do amanhã. Não serão ainda de desprezar também os objetivos pecuniários de sucesso pessoal que devem ser importantes na gestão do dia-a-dia e no planeamento futuro da responsabilidade e compromissos assumidos.

Existem pois diferentes formas de aprimorar o conceito de Realização pessoal que na visão de Maslow (1943): “ Se uma destas necessidades não está saciada, há a incongruência. Quando todas estiverem de acordo, abre-se espaço para a autorrealização, que é um aspeto de felicidade do indivíduo.”

Feito este preambulo há que considerar antes de fechá-lo o seguinte: se é verdade que a definição do cumprimento de alguns objetivos de forma tangível é fundamental também é verdade que existem outros que apesar de não serem facilmente mensuráveis deverão ser também considerados e não desprezados.

A consciência ética e a busca de novos padrões de valores de referência para uma sociedade que parece em alguns aspetos algo perdida deverão ser, em minha opinião, sempre consideradas. A procura de um padrão ético sustentável deverá ser por isso algo por o qual nos deveremos bater, uma nova oportunidade que não deveremos desprezar e muito provavelmente um importante objetivo pelo qual nos deveríamos rever.

Cada qual avalia a sua circunstância e deverá fazê-lo de acordo com o seu referencial social, económico, religioso ou outros não esquecendo que existe um caminho que urge seguir no sentido de elevar a fasquia da exigência não só perante quem nos gere, mas também individualmente no nosso dia-a-dia e na nossa ação. É também esta a nova oportunidade que o novo ano nos abre e que não devemos perder de vista.

Bom ano!